quarta-feira, 24 de julho de 2013

Número de negros empreendedores aumenta no país, diz pesquisa

O número de empreendedores negros aumenta a cada dia e já são também empregadores. Falta a representação no poder e visibilidade na midia

Revista Afro.com
O número de negros empreendedores teve um significativo aumento na última década. A confirmação foi informada pelo site G1 em 27 de maio. Em 2003, eles representavam 22,84% do total de empregadores, neste ano, ultrapassam os 30%, informa a pesquisa do economista Marcelo Paixão sobre empreendedores negros.
No que diz respeito aos postos de comando, os negros estão em maiores números nas atividades de mais baixo rendimento, em atividades do comércio e serviços em geral, como cabeleireiros, donos de armarinhos, designers e trabalhadores da construção civil, onde a presença deles predomina. As mulheres negras fazem parte do grupo com maior dificuldade de se inserirem no mercado de trabalho, ainda sim, o percentual desemprego entre elas caiu de 18,2% para 7,7%.
De acordo com o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, a melhora na economia contribuiu para a ascensão profissional. Com renda maior, o negro que até então trabalhava por conta própria pôde aperfeiçoar o seu negócio e passar a contratar funcionários, tornando-se um empregador.
Atualmente, os negros possuem uma poupança menor. Com menos capital que os brancos, eles geralmente possuem negócios no setor de serviços, área em que os investimentos são mais baixos. Porém, a análise na última década aponta que a renda de empregadores negros subiu 42,59%, e a dos brancos, 20,46%.
No ano de 2003, o empregador negro ganhava o equivalente a 49,37% do rendimento de um empregador branco. Atualmente, este índice chegou a 58,43%.
De acordo com o economista Marcelo Néri, presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – Ipea e ministro-chefe interino da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência Néri, mesmo que o lucro de empreendedores sem instrução tenha sido 74,9% abaixo do que o de pessoas com 11 anos ou mais de estudo, entre os anos de 2003 até 2013, o rendimento deles subiu 29,7% no período. A educação dos negro, em termos de anos de estudo, representa 80% da de brancos, segundo dados do Censo de 2010.

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